VI Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste
A sexta edição do Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste (RGVNE) foi realizada pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), em parceria com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na cidade do Recife, em Pernambuco. O evento aconteceu no período de 07 a 10 de novembro de 2023, no Auditório Ruy Carlos do Rêgo Barros, no moderno Centro Integrado de Pesquisa Miguel Arraes de Alencar (CIGMA), que está localizado nas instalações do IPA, no bairro do Bongi.
O VI Simpósio da RGVNE teve como tema "Riquezas da terra para a soberania alimentar". Este tema tem, entre outros, vínculo direto com a prospecção, a identificação e o conhecimento/reconhecimento do uso da biodiversidade na alimentação e o respeito à territorialidade e aos hábitos alimentares de agricultores, povos indígenas e comunidades tradicionais. Foram consideradas para a programação técnica as tendências, diretrizes e necessidades apontadas no Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura (TIRFAA), firmado no âmbito da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), nas Agendas 2030 da ONU e do Governo Federal, assim como nos alertas e recomendações do Bioversity International e na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB).
A programação do evento está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Organização das Nações Unidas (ONU), onde, dentre os 17 objetivos, pode-se destacar alguns com os quais o Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste dialoga de forma integrada: (2) Fome zero e agricultura sustentável, (5) Igualdade de gênero, (10) Redução das desigualdades, (11) Cidades e comunidades sustentáveis, (12) Consumo e produção responsáveis, (15) Vida terrestre.
O Simpósio promoveu a troca de experiência e informações por meio da discussão técnica e científica entre pesquisadores, professores, especialistas, sociedade civil, estudantes e grupos com interesse no tema; fortalecimento e integração das instituições públicas federais, estaduais e privadas, assim como organizações não governamentais, agricultores, comunidades tradicionais, povos primitivos e movimentos sociais; treinar estudantes de graduação e pós-graduação, por meio da realização de minicursos, conforme programação do evento.
Os trabalhos aceitos foram publicados em uma edição especial da Revista RG News. Acesse e confira: ANAIS VI SIMPÓSIO RGVNE
Ciência e Arte: A arte escolhida para a identidade visual do VI Simpósio da Rede de Recursos Genéticos Vegetais do Nordeste foi criada pela designer Eduarda Corina Lobo Brito e inspirada na célebre obra do pintor e desenhista holandês Albert Eckhout (1610-1666), que integrou a comitiva do Conde Maurício de Nassau em Pernambuco, em 1637. Foi responsável junto com Frans Post por retratar as primeiras imagens do Brasil do século XVII para os europeus. Sua produção artística incluía desenhos e telas essencialmente sobre frutas, hortaliças, flores, animais e indígenas, uma verdadeira ode à biodiversidade brasileira. Sua obra-prima é considerada A dança dos tapuias. Em 2002, o Recife recebeu, no Instituto Ricardo Brennand, o mais completo conjunto de Eckhout já visto até então no país, com 24 telas emprestadas pelo Museu Nacional da Dinamarca para a exposição Albert Eckhout Volta ao Brasil (1664-2002).
Local do evento: A cidade do Recife é uma das mais importantes capitais do país. Fundada em 1537, foi o porto açucareiro mais movimentado da América Portuguesa, e a riqueza proveniente do “ouro branco” produzido na Capitania de Pernambuco, tornou a cidade objeto de cobiça de potências estrangeiras. No século XVII, foi invadida pelos holandeses, que a transformaram em um florescente centro comercial e cultural.
Terra de muitos personagens históricos importantes, foi também berço de muitas revoluções de cunho social nos séculos seguintes e famosa pela sua Faculdade de Direito, responsável por boa parte da formação intelectual brasileira. Sua posição estratégica e sua vocação comercial a tornou uma espécie de capital do Nordeste, com avançados polos de ciência e tecnologia, serviços médicos e de educação superior. Confira mais informações sobre a cidade (anexo).